BRINCADEIRA QUE NÃO TEM GRAÇA
Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola?
Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”,
“quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi
vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais,
alunos e até professores, está longe de ser inocente e não pode nem deve ser
encarado como brincadeira de criança. A Pesquisa Nacional da Saúde Escolar
(Pense), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), comprova
esse panorama cada vez mais visível nas instituições de ensino de todo país.
Realizado em 2009, o estudo constatou que quase um terço dos alunos entrevistados
(30,8%) em 1.453 escolas públicas e privadas de todas as capitais brasileiras e
do Distrito Federal já foram vítimas de agressões na escola. Os dados colhidos
pela pesquisa mostram ainda que a ocorrência foi verificada em maior proporção
entre estudantes de escolas privadas (35,9%) e do sexo masculino (32,6%). Para
aumentar a gravidade do problema, a pesquisa aponta que muitas dessas vítimas
sofrem agressões repetidas vezes, o que pode ser configurado como uma forma de
perseguição.
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